quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Novo?

Assim como o estampido de um trovão, o ano se foi... Transformando meninos em homens, puras aventuras de verão em um caso sério (Las Végas, que Tal?)... E assim nós começamos novamente um novo dia (como já dizia Flávio Venturini... E lá se vai, mais um dia....). Tudo bem, a virada de ano tem lá os seus prodígios, mas depois de cinco dóses de São Francisco, e mais quase uma dúzia de cerveja com uma certa pessoa (que se apossou do meu coração sem pedir permissão), eu acabo ficando piégas demais, e isso acaba comigo... OK. Projetos para este novo ano: trabalhar feito um cavalo barato (novidade...), tirar minhas certificações em Avaya (sim, porque tecnologia, além da minha doce "Pin-Up", é uma de minhas paixões, sendo assim, me sinto na obrigação de postar, daqui a no máximo três meses, uma bosta de canudo com validade mundial vitalícia, assim nunca mais vou precisar provar que posso (profissionalmente), pra conseguir um determinado salário ou emprego(coisa que acabou de acontecer, mesmo eu não tendo nenhuma mérda de canudo)... E tenho dito... Estou bêbado, e quero do fundo de min'alma (haha), terminar as minhas cervejas, e sonhas em paz (com todos-sabem-quem), e daqui-a-pouco encontrar (todos-sabem-quem)... Bêbado maldito, já dizia o "Vietnamita Maldito"... rsrs

"This one are to the one i love"

É, começou como uma brincadeira, e tomou proporções de um vendaval... Deixa ventar no meu quintal, já guardei minhas cuécas mesmo, nem ligo... Você é uma tempestade em minha vida, desmanxando os cabelos das minhas vélhas com esse seu "sopro sutil"... Você acabou comigo com o que você me falou "no ano passado", e eu tento fingir que não conheci o seu pai, a sua mãe, a sua irmã (e o namorado déla, que ainda estou tentando lembrar qual o cara que ele se parece mais, talvez um integrante do Jethro Tull, figurão total...) Só desejo a você (with or without you), que você seja feliz em 2009 (embora eu saiba que a única forma disso acontecer seja ao meu lado)... Seguindo a onda... Adeus...

Memórias do Matadouro

Lembra o desencarnado de seus últimos momentos de vida terrena...
Já não tenho forças para me mover, meus braços estão quebrados, e o gosto ácido do sangue escorre por minhas narinas e boca... Sinto o cheiro pútrido de carcaças que se deterioram ao sabor do vento, e com o vento ouço as árvores que balançam fora do barracão... Sinto dor, muita dor, e começo a me lembrar da última vez que vi a luz do sol. Era uma manhã de quinta-feira, estava indo pro trabalho quando de dentro do meu carro fui abordado por dois homens. Será que minha família sente a minha falta? Não sei quanto tempo estou aqui, só sei que cinco pessoas já foram mortas na minha frente, uma delas cuspiu sangue sobre meu rosto enquanto era cortada em pedaços, e essa imagem não sai da minha mente. Queria poder pedir desculpas aos meus pais, pois dívida é dívida, e sei do meu destino. Meus sentidos estão se esvaindo, como álcool evaporando ao vento, e já não consigo abrir os olhos, pois foram queimados em brasa... Um homem entra no barracão, já conheço essa cena, pois a vi por cinco vezes, e espero que seja a minha vez, pois não estou mais agüentando. Sem desferir sequer uma palavra, com a frieza de um açougueiro, ouço os passos, e sequer uma palavra. Pegou algo, mas não vejo, será uma faca? Será um serrote? Meu Deus, que meu sofrimento termine logo. Os passos se aproximam, e sinto uma pancada forte, certeira, e fatal em meu crânio. Agora estou aqui, nesse vale imundo, repleto de podridão e rostos desfigurados. Meu Deus me ajude, alguém me ajude, estou arrependido, quero mudar, quero viver!
Pobre rapaz, só Deus sabe quanto tempo ele vagará sem destino pelo vale da morte...

Diante da Tempestade

Após a tempestade, sempre vem os raios de Sol pra iluminar a nossa alma!Não existe luz no fim do túnel, e sim luz no fundo da alma!Portanto: Aguarde a tempestade passar com paciência, e acenda a luz que está nofundo da sua alma, pois ela provavelmente brilhará mais fórte que os raios de Sol!

Sinto Cheiro de Mudança no Ar!

Ah mudança, transformação, mutação... Como amo mudança, sair da rotina, mudar de ares! Deus, guia-me no caminho do bem, mostre-me o melhor caminho pelo vale das sombras! Nada me afetará, pois sou da guérra, da luta, da batalha! Que venham os leões, dragões, vampiros e pútridos seres perdidos da existência! Espero por todos com minhas armas em mãos!

Aos Materialistas

Não devemos sentir pena das pessoas, eu sei, mas sinto pena dos materialistas. São pessoas que se apegam ao que é palpável, e o que está mais cômodo para se tocar. Mulheres procuram riquezas, homens procuram mulheres, pelo simples capricho de saciar seu égo, e poder contar pros amigos e amigas: "tenho uma televisão", "tenho um carro importado", "gastei não sei quanto naquéla balada", "comi aquela mina, ela é mó vagabunda", "trepei bem gostoso com aquele carinha lah"... Pobres de espírito, se esquecem que éssas coisas se vão com a rapidez de uma ventania... Eu prefiro a pureza de uma vida espiritualizada, de sentir amor por uma pessoa, de acordar e ver que o sol ainda brilha, a me sujeitar aos caprichos dos bens materiais... Pobres de espírito, infelizmente se preocupam mais com o ter doque com o ser... Infelizmente...

Fogo e Ventania

Na beira do lago, o vélho proféta aguarda pelas visões, mergulhado em profundo devaneio, embebido em fino vinho tinto, e sentindo o fogo de uma fogueira que lhe dá sinais de chegada dos mensageiros... A léve brisa já não é a mesma de tempos atrás, e os espíritos evocados sompram ventos alucinantes por entre as árvores, levando folhas, sementes e galhos, e trazendo as profecias locais para o benéfico e samaritano proféta da luz divina... Já em profundo transe, o encontro é pacífico e envolto em densas nuvens de poeira cósmica, fluido universal e luz, muita luz... Desde cedo, o pobre proféta aceita sua missão de ajuda à comunidade, missão éssa que consumiu toda a sua juventude, em um sublime gesto de doação à caridade pura... Nem sempre compreendido, o proféta segue seu caminho ajudando a quem quer que seja, acreditando ou não em suas palavras, conselhos e avisos... Já não sente a falta de pessoas ao seu lado, pois o consolo dos mensageiros do outro mundo é bálsamo para suas aflições da carne e da alma... Após o sublime encontro, a brisa retorna, acalmando o espírito, desacelerando os batimentos cardíacos, acalmando a alma... O proféta volta a sentir o calor da fogueira, e continua a saborear o bom gosto do vinho, e coméça a anotar as mensagens, avisos e recados do outro mundo para os moradores locais, sem se importar se eles acreditarão ou não, pois sua taréfa está sendo desempenhada com prazer, amor e benevolência... Bemditos sejam os samaritanos, os visionários, caridosos e mensageiros da verdade!

De Volta À Insanidade

Minha mente entra em denso nevoeiro, e jah naum tenho os sentidos costumeiros... A música percorre meu corpo, arrepiando todos meus pelos, me fazendo delirar... Quero gritar, quero dizer ao mundo que estou aqui, que estou vivo, e que adoro me sentir vivo novamente! Viajo por lugares desconhecidos, sem ao menos saber quando e onde estou... Adoro tudo isso... Adoro viajar, seja contemplando os prodígios de Deus, ou a grande obra do Homem chamada música!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Cartaz Ambulante

Sim, mais um dia o pobre cidadão acorda antes do galo cantar, antes da Maria passar o café, antes mesmo de se lembrar que o seu emprego não existe mais. Na mesma rotina, com a mesma calça de ontem e o mesmo paletó amarrotado, sai pra trabalhar. No mesmo trem, no mesmo vagão, no mesmo horário, encontra-se com outros cidadãos, olhos perdidos no horizonte de quem não tem mais sonhos (apenas esperança). Após ser lembrado (novamente) que seu emprego não existe mais, lá vai o cidadão para a praça, aquela mesma praça de ontem, e de anteontem. Até as árvores já conhecem aquela calça e aquele paletó amarrotado, mas as pessoas não se dão conta, (nem Maria), que de tão preocupada em passar o café, não se deu conta que o pobre cidadão vaga pelas ruas da cidade à procura (não mais de sonhos), mas de esperança. Mas o destino prega peças, até para um simples cidadão suburbano desempregado, que a única coisa que espera da vida é poder se ocupar novamente pra voltar a ter esperança (não mais sonhos). Foi um anúncio que chamou sua atenção: "trabalhe com anúncio de empregos". Após uma semana, o cidadão recuperou a sua esperança de uma vida menos sofrida, oferecendo esperança a outros cidadãos como um "cartaz de empregos ambulante".